É comum no consultório escutarmos dos pacientes o quanto foi difícil procurar por ajuda terapêutica.
Relatam que, pra eles, pedir ajuda, significa falta de capacidade de lidar com seus problemas; referem sentimentos de fraqueza, impotência e covardia.
No entanto, a busca por ajuda profissional não significa se abster de nossas dificuldades, entregar ao outro os problemas para que sejam resolvidos fora de nós; no trabalho terapêutico, o caminho é outro: o profissional poderá ajudar a pessoa a ver suas próprias saídas. Quem irá realizar algo e fazer transformações é o próprio paciente. O terapeuta tem o papel de acompanhá-lo nessa caminhada e ajudá-lo a enxergar o que está obscuro. Procurar ajuda é uma atitude de saída da zona de conforto e busca por transformação.
Olhar pra fora e responsabilizar o mundo a nossa volta pelos nossos problemas é bem mais fácil do que se debruçar pra dentro de nós, olhar nossas sombras, nossos limites, nossas dificuldades. Para fazermos isso, precisamos de humildade e entrega. E isso é pra mim um ato de coragem!
Quando procuramos ajuda, abrimos mão do nosso desejo de onipotência, o que não é tarefa fácil. Nos despimos de nossas máscaras de super-heróis e assim, podemos descobrir nossas verdadeiras potencialidades. Olhando pra dentro, encontramos onde está nossa força de verdade e aprendemos a respeitar nossas fragilidades, acolhendo-as e trabalhando com elas a favor do nosso crescimento.
A saúde e a alegria estão no encontro com nós mesmos, no reconhecimento de qualidades e defeitos e na aceitação de quem somos.
Psicóloga com Especialização em Psicologia Junguiana e Psicologia Hospitalar. Atuação em consultório com adolescentes e adultos. Atendimento nos bairros Sumaré e Belém. Contato: (11)99137-0899 giulianapsi@gmail.com